quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mais uma vez ele chorou...





Mais uma vez ele chorou.
Eu não queria,
porém, desta vez
ele não fez minha vontade.
Alegou estar cansado.
Não agüentou tanta pressão, cobrança...
Não fiquei magoado.
É verdade que eu não queria
que ele chorasse.
Não admito lágrimas, fraquezas...
O entendi.
Sei o quanto ele foi maltratado
nesses últimos tempos.
Acho inclusive que ele foi forte, muito forte.
E não levou em consideração
esperando para chorar quando estávamos sozinhos.
Sem ninguém para testemunhar seu desabafo,
sem ninguém para saber por quê ou por quem
ele chorava.
Hoje, meu amigo, sei o quanto fui rude contigo.
Percebo o meu egoísmo quando sempre te usei,
suguei todas as suas forças,
sem ao menos me importar contigo.
Nunca dediquei a ti o mínimo
da minha atenção.
Te maltratei, te torturei, te humilhei...
Nunca te dei um minuto de folga,
de prazer, de paz...
Nunca te contemplei ou te deixei
ser contemplado.
Meu amigo, espero que não seja tarde
para compensar o tempo perdido.
Tudo vai mudar.
Seremos apenas eu e você.
Sendo pó
.





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