O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque não sabemos como renovar sua fonte. Morre de cegueira, dos erros e das traições. Morre de doenças, feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho...
Anaïs Nin
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Mais uma vez meu corpo chorou. Eu não queria, porém, desta vez ele não fez minha vontade. Alegou estar cansado. Não agüentou tanta pressão, cobrança... Não fiquei magoado. É verdade que eu não queria que ele chorasse. Não admito lágrimas, fraquezas... O entendi. Sei o quanto ele foi maltratado nesses últimos tempos. Acho inclusive que ele foi forte, muito forte. E não levou em consideração esperando para chorar quando estávamos sozinhos. Sem ninguém para testemunhar seu desabafo, sem ninguém para saber por quê ou por quem ele chorava. Hoje, meu amigo, sei o quanto fui rude contigo. Percebo o meu egoísmo quando sempre te usei, suguei todas as suas forças, sem ao menos me importar contigo. Nunca dediquei a ti o mínimo da minha atenção. Te maltratei, te torturei, te humilhei... Nunca te dei um minuto de folga, de prazer, de paz... Nunca te contemplei ou te deixei ser contemplado. Meu amigo, espero que não seja tarde para compensar o tempo perdido. Tudo vai mudar. Seremos apenas eu e você. Sendo pó.
domingo, 10 de julho de 2011
Vai passar, tú sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez
Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já... Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida ... Saudade é sentir que existe o que não existe mais ... Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam ... Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.
Não és bom, nem mau: Es triste e humano Vives ansiando, em maldições e preces Como se, a arder, no coração tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano Capaz de horrores e de ações sublimes Não ficas das virtudes satisfeito Nem te arrependes infeliz dos crimes E, no perpétuo ideal que te devora Residem juntamente no teu peito Um demônio que ruge E um deus que chora
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não pára...
Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso faço hora Vou na valsa A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo Espera a cura do mal E a loucura finge Que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando Cada vez mais veloz A gente espera do mundo E o mundo espera de nós Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo Que lhe falta prá perceber? Será que temos esse tempo Prá perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara...
A vida não pára!... A vida é tão rara!...
Paciência - Lenine
domingo, 5 de julho de 2009
Não posso mais esconder-me atrás de um pseudônimo, de personagens criados para justificar meus defeitos. Acabei de não saber distinguir eu do eu-ele. Não nego que meu “amigo invisível” me ensinou bastante. No entanto, não lamento sua morte. Sinto-me até feliz por ele ter partido. Era eu ou ele. Um pouco mais de tempo e eu morria. Se é que já na morri. Digo isso porque não sou o mesmo de antes de conhecê-lo. É por isso, que agradeço a quem o matou.
"Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal".