sexta-feira, 31 de julho de 2009

.Moço velho.









Não és bom, nem mau: Es triste e humano
Vives ansiando, em maldições e preces
Como se, a arder, no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano
Capaz de horrores e de ações sublimes
Não ficas das virtudes satisfeito
Nem te arrependes infeliz dos crimes
E, no perpétuo ideal que te devora
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge
E um deus que chora

sexta-feira, 17 de julho de 2009





Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...


Paciência - Lenine

domingo, 5 de julho de 2009


Não posso mais esconder-me atrás de um pseudônimo, de personagens criados para justificar meus defeitos. Acabei de não saber distinguir eu do eu-ele. Não nego que meu “amigo invisível” me ensinou bastante. No entanto, não lamento sua morte. Sinto-me até feliz por ele ter partido. Era eu ou ele. Um pouco mais de tempo e eu morria. Se é que já na morri. Digo isso porque não sou o mesmo de antes de conhecê-lo. É por isso, que agradeço a quem o matou.